[1487] • JUAN PABLO II (1978-2005) • RECONSTRUIR EL SENTIDO DE FAMILIA
Del Discurso Nos dias, a los Obispos de Mozambique, en la visita ad limina, 12 marzo 1993
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7. Esta presencia socio-política de laicos preparados y formados según el Evangelio encontrará su escuela necesaria y su banco de prueba en la familia. Ésta se encuentra visiblemente en crisis, no sólo a causa de la degeneración producida por la guerra y la creciente invasión de contravalores que están abriendo un abismo entre padres e hijos en el seno de tantos hogares, sino también a causa de la educación amoral, a la que fueron sometidos muchos de los que ahora están en edad de formar un hogar.
Venerados hermanos, en vuestros informes pude apreciar cuánta atención dedicáis a este sector, procurando multiplicar los esfuerzos para reconstruir el sentido de la familia y para educar a todos en defensa de su unión, fecundidad y estabilidad. Continuad acompañando con particular solicitud a los jóvenes mozambiqueños. Ésta es su hora, para la cual la nación no pudo o no supo prepararlos. Ahora deberán crecer rápidamente, porque Mozambique no puede permanecer retrasado. Se vieron obligados a hacer la guerra; hoy los jóvenes mozambiqueños voluntariamente van a hacer la paz. Comiencen por su familia: busquen y amen a sus padres, si es que todavía pueden encontrarlos. Aprendan de ellos esa sabiduría africana de siempre, sumamente respetuosa de Dios y de la vida humana, desde su concepción hasta su muerte natural. Aprendan a respetar su cuerpo como Dios manda y las tendencias y capacidad de amar a otra persona con igual dignidad y vocación divina, a fin de comunicar juntos la vida, el futuro de Mozambique. ¡Que este ser engendrado dentro de la estabilidad de un hogar sea bendecido por el matrimonio único e indisoluble!
[OR (e. c.), 9.IV.1993, 8 y 11]
1993 03 12a 0007
7. Esta presença sócio-política de leigos preparados e formados à medida do Evangelho encontrará a sua escola necessária e o seu banco de prova na família. Esta encontra-se visivelmente em crise, não só por causa da degeneração derivada da guerra e ainda pela crescente invasão de contravalores, que estão a cavar um abismo entre pais e filhos no seio de tantos lares, mas também por causa da educação amoral, a que foram submetidos muitos dos que estão agora em idade de formar um lar.
Nos vossos relatórios, venerados Irmãos, pude medir com quanta atenção vos debruçais sobre este sector, procurando multiplicar os esforços a fim de reconstruir o sentido da família e educar todos para a defesa da sua união, fecundidade e estabilidade. Continuai a acompanhar com particular solicitude os jovens moçambicanos. Esta é a sua hora, para a qual a Nação não pôde ou não soube prepará-los. Agora terão de crescer depressa, porque Moçambique não pode ficar adiado. Eles foram obrigados a fazer a guerra; hoje os jovens moçambicanos voluntariamente vão fazer a paz. Comecem pela sua família: procurem e amem os pais, se é que ainda os podem encontrar. Aprendam deles aquela sabedoria africana de sempre, entranhadamente respeitadora de Deus e da vida humana, desde a sua geração até ao ocaso natural. Aprendam a respeitar como Deus manda o seu corpo e as tendências e capacidades de amar uma outra pessoa com igual dignidade e vocação divina, a fim de juntos chamarem à vida o futuro de Moçambique. Possa este ser gerado dentro da estabilidade de um lar, abençoado pelo matrimónio uno e indissolúvel!
[AAS 86 (1994), 67-68]